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Mostrando postagens de março, 2012

Lagoa Redonda - lembranças...

Era feito de barro, tijolo branco e pedra A casa de cor amarela Na antiga rua ipiranga Tinha uma velhinha modesta Fumo era o perfume dela Pra saúde caldo de feijão Acerola, manga, mastruz, Banana, goiaba, cana, siriguela No sumo de tudo sua mão Um caçimbão profundo Turvava o vasto mundo Osmarina, Chico, Raimundo... Rimas que não se encontram mais. José Soares Neto Do livro Acidez Contato: soaressnetto@gmail.com

Poesia in(forma)

Esquerda, direita Esquerda, direita A poesia não flui. Direita, esquerda Direita, esquerda Sem forma nem fórmula perfeita Pois, A poesia é perfeita E os homens também os são Em necessidades. José Soares Neto *Todos os poemas desse blog estão reunidos no Livro Acidez. Quem quiser adquirir o livro entrar em contato por: soaressnetto@gmail.com

Mar

Mergulho na tua boca... Quero estar em ti E pintar teu interior de paz. José Soares Neto

QUASE TARDE

Todo afeto é cômodo. A pele tem seus quereres, A boca o seus dizeres, e O gostar pertence a quem? José Soares Neto

O que não muda

Meu lar, meu abrigo Meu inimigo Meu chão, minha identidade Seca e rachada. Medos, milagres, miragens No meu quarto E o frio na cidade. José Soares Neto

OUTROS SONHOS

Sonho o absurdo Longe de quem penso Acordo preso Sonhei o Espaço de mãos grandes  - que dilacera homens - vomitando borboletas entornando poesia com uma perna às costas Sonhei com ela de Sergei cansada de literatura com seios expostos buscando viver perdida em ilhas pelo mar celada Ela era outra de ser Moacir com ventos e sal Ela De absurdo espaço Sonhos não aliviam a noite. José Soares Neto

Há dor no peito de cada um de nós

Não há chão no jardim Há pedras Para os meus jasmins A tristeza que colhi É fruto-falta plantado em... A certeza é que vivi E não venci. Zé Soares Neto

XXXXXXXX

Ando sumido Desvarindo E convencido Que ser poeta É ser inimigo Do próprio umbigo. José Soares Neto

Sonho, sangue e América do Sul

28 anos Há lama no meu quintal Não sirvo para o capital Nem a prata, carro, luxo Nem a pau. José Soares Neto

Meu pai perdeu um dente

Meu pai perdeu um dente e disse: - Agora Inês é morta! Quantas palavras mordidas foram perdidas? Meu pai perdeu um dente e eu disse: - Diz algo. - Quero tomar banho. - Não, macho. Diz algo bonito... - Eu te amo! Pra quê então dente? José Soares Neto

Necessarie

Quero estar nas tuas asas ser tua brasa caminhar teus passos ser teu desejo armado teu poema cheio de palavras tolas sem rima, métrica, forma a tristeza dosada e necessária o verme, o lixo, a praga quero es... SAIA. JosÉ SoArEs NEto